É demencial Não há palavras que consigam dizer o horror Vi um pobre homem agarrado ao que restava da sua mulher Errando pela baixa Os olhos fixos num horizonte perdido Sem uma palavra Sem um som Arrastando a carcassa desfigurada por entre o trânsito do fim da Tarde Passei sem conseguir dizer nada Ninguém dizia nada O silêncio Acompanhava o olhar vazio A dor A vaguear por entre as ruínas e o trânsito do fim da tarde As pessoas apressavam-se por causa do cair da noite E o pobre homem seguia um destino sem rumo Arrastando o seu cadáver E o pobre homem Seguia um destino sem rumo Arrastando o seu cadáver Ninguém dizia nada O silêncio Acompanhava o olhar vazio A dor