Desce desse galho em que te escondes Cai desse céu sem ninguém Onde não vês luz nem horizontes Onde não vês nada além Pára de ficar rolando o tempo Lamentando e alimentando dentro A ferida do tormento Também sei a dor de que te poupas Sim, o mundo é cruel Mas eu te pergunto com que roupas Vais contracenar o teu papel Pára de ficar rolando o tempo Lamentando e alimentando dentro A ferida do tormento Da cilada má da trama e a rede Que o destino armou pra ti Tu fizeste a cama o chão e a parede Do teu próprio quarto de dormir Pára de ficar rolando o tempo Lamentando e alimentando dentro A ferida do tormento Já não há o quê, de quê, com quê, Que te resguarde Joga tua carta enfim Antes do ocaso arder antes que tarde Antes do verão ter fim Não vou prosseguir nessa toada Não vou insistir dizer mais nada Deixa que te diga o vento Pára de ficar rolando o tempo Lamentando e alimentando dentro A ferida do tormento Pára de ficar rolando o tempo Lamentando e alimentando dentro A ferida do tormento