O amor de antigamente Fazia mossa da gente Mas era bom de viver Quantas calças eu rasguei E joelhos que esfolei Meu amor, só pra te ver Inda lembro a serenata A chuva dum chão de prata Dum fado que improvisei O teu pai quase me mata Com a viola barata Que a tanto custo comprei ♪ Entreditas as escadas Eu trepava nas sacadas E jogava umas pedrinhas Com o coração na boca E uma vontade mais louca Tantas as saudades minhas Eram noites ao relento Do muro para a janela A espera dum sinal teu E mais tarde com o tempo Um jantar a luz da vela Deste amor que não morreu ♪ E se virem dois velhinhos Com arrufos e beijinhos Já sabem da sua graça São gente de antigamente Dos amores que são pra sempre A cada dia que passa São gente de antigamente Dos amores que são pra sempre A cada dia que passa