Pela saída que tem Da vadiagem alguém Chamou-lhe o Zé Passarinho Fala em verso e as mulheres ao fim de duas colheres Leva-as no bico p'ró ninho Sabe os fados do Alfredo Rima que até mete medo Nesta função é doutor Tem os tiques de fadista Mão no bolso, lenço e risca Baixem a luz por favor Uma triste noite ao frio Cantava-se ao desafio para aquecer as paixões Quando um estranho se levanta Para mostrar como se canta Faz-se à Rosa dos Limões E o povo ficou sentido Com aquele destemido Hás de morrer engasgado Palavra puxa palavra desata tudo à estalada Com o posto ali ao lado Nem foi preciso a carrinha Tudo na sua perninha numa linda procissão Das perguntas com carinho ficou preso o Passarinho Só para investigação Nasce o dia atrás da Sé E ninguém arreda pé Nem por dó, nem por esmola O povo ficou sentado para ouvir cantar o fado Passarinho na gaiola Nasce o dia atrás da Sé E ninguém arreda pé Nem por dó, nem por esmola O povo ficou sentado para ouvir cantar o fado Passarinho na gaiola O povo ficou sentado para ouvir cantar o fado Passarinho na gaiola O povo ficou sentado para ouvir cantar o fado Passarinho na gaiola