Se quanto mais te aperto Menos te sinto aqui Se quanto mais te aparto És dono dos meus dias Que sábio ou Deus incerto No inverno em que te vi Fez por querer deixar-te Às minhas mãos vazias Chegaste-me em segredo Com tudo para me dar Levaste por conquista A minha solidão Meu bem, não tenhas medo De quereres em mim morar Sou a casa, não insistas Fugir da minha mão Meu bem, não tenhas medo De quereres em mim morar Sou a casa, não insistas Fugir da minha mão É que nem vivo eu E minto às leis da vida Nem tu fazes morada Por quereres viver de luas O amor que hoje se deu É meia despedida É meio fim da estrada Meias saudades tuas O amor que hoje se deu É meia despedida É meio fim da estrada Meias saudades tuas E agora contas feitas Meu amor diz-me onde vais Ou então não digas nada Que as dores hão-de bastar Deixa as cair desfeitas São dores, nada de mais Que ao fim da madrugada Eu sei hás-de voltar Deixa as cair desfeitas São dores, nada de mais Que ao fim da madrugada Eu sei hás-de voltar