Foi na loja do mestre André Que eu comprei o meu sapinho. Foi na loja do mestre André Que eu comprei o meu sapinho. Dedé de rastos, Dedé dorido Do fardo do mundo e de todo os perigos Dedé dormiu, mas não mais que uma sesta Que tal como o Dedé, o mal não descansa Dedé troca(-)tintas e pinta Com dentes de leite o céu que imagina A fralda, a chucha, a baba e o blédina Deliram na turma com tal obra-prima Dedé farto de salvar os gatos Pingados nas árvores das barbas do bairro Pede então a Deus um sinal Que lhe indique qual a fera mais justa à sua pele Dados sete dias desde o pedido Miraculosamente no céu são ouvidas Duas vozes tais que matam dois de uma vez A primeira do vizinho agora da cave B A segunda do menino intercedido por Deus Para tratar do leporídeo recém-órfão, que pena Mas agora tem um novo amigo E não é que o escolheu mesmo sem ter querido É que ele agora tem um novo amigo E não é que o escolheu a dedo sem ter querido São acasos e Acácias cabalmente inauditos De louros plantados, em Loures colhidos De filho nas bancas, à luz dado o livro D-E-D-É Jamais se poderia Lambuzar com a trilogia Do homem comum Visto que: Num mundo tão mau, tão vil e mesquinho Repleto de caos e mil burburinhos Imundo e falaz, de poucas-vergonhas Com ventos agrestes que auguram peçonhas Merece tau-tau quem se rói-se por esmola E tem nossa mão quem tem cartola Coelho já temos e bichos de sobra Para esta quinta onde rebolam Na lama e na palha, pela ordem que digo E mesmo sem banho, andamos um brinco Que bom que é, podemos nadar Em água choca e em alto mar Sem nunca nunca nunca Nunca afogar