Vibra a luz da mensagem Não acende contigo Do bom fica a miragem Do mau fica o castigo Tatuo amor a carvão Domestico leões Mas nunca há razão Pra medirmos razões Fui bandido sem arma Fui vilão com trovões E eu fiz da luta o meu karma Vendi peixe aos sermões Fui Maomé sem montanha Mente pouco erudita Como é que ainda me estranha? Eu ser o mau da fita, e Acordem-me quando for pra cantar Que eu este jogo, eu não sei jogar ♪ Levas a taça não sei do que Morremos na praça E eu nem sei bem porquê Há um baque na porta É o vento às partidas Vou cuidando da horta Enquanto lambo as feridas Calça cinza manchada Define o desvaidoso Dei medalhas de nada A um ciclo vicioso Fui ladrão só de fama Mas tu foste também E agora nesta cama Já não vive ninguém Dois sultões sem turbante A caça do defeito Nada é como dantes Mas sou eu o imperfeito Acordem-me quando for pra cantar Que eu este jogo, eu não sei jogar ♪ Levas a taça não sei do que Morremos na praça Eu nem sei bem porquê ♪ Fomos menos que o tempo E o tempo já foi pouco Apostamos em tanto E esse tanto foi louco Nunca pus as cortinas Nem plantamos camélias Dos planos ruínas Das ruínas, Amélias Fui bombista sem bomba Medo era o meu delito Diz que a pachorra tomba E aflige o aflito Fui ouvinte sem mágoa Tu quadro sem parede Se a paciência fosse água Bem que morria a sede Acordem-me quando for pra cantar Porque este jogo, eu não sei jogar ♪ Levas a taça não sei do que Morremos na praça E eu nem sei bem porquê ♪ Levas a taça não sei do que Morremos na praça E eu nem sei bem porquê