Ó terra morena deitada ao sol Quero ser a alma do ganhão Cheia de horizonte, cântico de fonte Catedral de trigo, azeite e pão Ó terra morena deitada ao sol Quero ser a alma da cegonha Que sobe no vento e ouve o lamento Do homem que ao sul, trabalha e sonha Alentejo das casas de cal Alentejo do sobro e do sal Alentejo poejo, alecrim Alentejo das terras sem fim Ó terra morena deitada ao sol Quero ser a alma do sobreiro Estática, selvagem, dona da paisagem Afrontando o tempo a corpo inteiro Alentejo das casas de cal Alentejo do sobro e do sal Alentejo poejo, alecrim Alentejo das terras sem fim Ó terra morena deitada ao sol Quero ser a alma do ganhão Cheia de horizonte, cântico de fonte Catedral de trigo, azeite e pão