Por certo o primeiro pranto Foi obra do nosso encontro Pois quando apontei no brete Já vinha de laço pronto A mim não restou escolha Pra honrar a contradição Ajojo de corpo e alma Pelo talho do cordão Ajojo de corpo e alma Pelo talho do cordão A alma tem dessas coisas Que o corpo não acompanha Será por esse motivo Que tanto a gente se estranha? Nessa tormenta de anseios Ninguém apela pra fuga Mas dá sentido pra vida Na trajetória das rugas Me fiz cartão de visita Pra quem eu nem conhecia Mas garantia o costado Ate o fim dos meu dias Pela quietude das horas A alma ceva conselhos E a cada gole de mate Se quebram nossos espelhos A alma não se contenta Enquanto a gêmea não vem E nem faz causo de nada Pra ofertar-se pra alguém Me toca o peso da cruz Quando a paixão adormece Serão da carne os pecados Que o coração reconhece? Serão da carne os pecados Que o coração reconhece? A vida compõem espelhos Em todo e qualquer lugar Por um exemplo de glória Por um sorriso no olhar Mas um vistaço não lê Toda a essência é contida E ate na face do açude A lua vem destorcida Me fiz cartão de visita Pra quem eu nem conhecia Mas garantia o costado Ate o fim dos meu dias Pela quietude das horas A alma ceva conselhos E a cada gole de mate Se quebram nossos espelhos