Nada, nada, nada... Nada tá parado, tudo move, tudo vibra, Tudo expande, tudo é instante, tudo instável, inconstante, Inconsciente mas quando vem à superfície, Normalmente a gente nega com alguma tolice, Nada tá estático, tudo interagindo, Quase como um cálculo, equações vão surgindo, Nem sempre o justo é o justo, qual balança tá medindo? Quase nunca tudo é dito, vai dizer que eu tô mentindo?! Os ciclos, repetindo, às vezes: vacilando, Os encostos, repelindo, os amigos me cercando, Os amores progredindo, as flores sigo regando, Sem me perder nos desvios já que motivos tem tanto... Existem quatrocentos e cinquenta mil caminhos E eles levam uns aos outros - uns aos outros, Como os fios, e os esgotos, Como os julhos e os agostos, Como os gostos e os opostos, Uns aos outros, uns aos outros, Como o verão e os outonos, Como os tronos, uns aos outros, Vão-se os reis e os mordomos. (Uns aos outros...)