Desculpa amor Nem sempre eu te escuto Nem tudo eu te falo Agora dorme com o barulho Do silêncio dos meus olhos Aguçados Treinamento pro olfato Eu te enxergo melhor no escuro Eu te vejo melhor Nem te falo Se despe, amor A verdade é uma mulher nua A verdade é uma mulher crua A verdade é uma mulher O caos é uma porta numa casa sem janelas No caminho da cura Muitas dores por metro quadrado Resquícios da humanidade Quanto mais eu detesto vocês Mais cês gostam de mim Tropeço e não caio Tomara que hoje chova Escolho qualquer uma do Buena Vista Uma casa com vista em Havanna Viva a revolução cubana Sabotage nos fone Planejando sabotar a fome Salvaremos o mundo da fúria do homem Há muito tempo a minha quebrada não vê remédio E eu insistindo em falar de amor Onde estiver dois ou mais ali eu estou Se for por amor às causas perdidas Quero trocar de encarnação como quem pega um avião Fugir da capital do tédio Rabiscar esses prédio Eu vivo nessa sina Meu coração ateu Quase acreditou na falsa poesia de esquina Caos Eterno retorno Transtorno atemporal Metástase sensorial Dardos, dados, vidros quebrados no chão Ando firme pela corda Bamba Sombras pela casa assombrada Taça quebrada Negra madrugada Oblíqua, dissimulada São esses olhos de ressaca Foi mal Cacos e medos Em fracos As coisas na estante não me assustam mais Entorno meu sangue Escorro no chão E pelo sangue E pelo choro Nunca vão nos calar Nunca vão nos calar Lessa gustavo: Reflexão validada O corpo na mesa da ceia Mais um humano na vala Histórias mal contadas Colecionadas aos montes Vazavam pela sacada Do segundo andar da casa inabitada Exceto pela criatura que fedia acetona no pote de alcaparras Estava conservada Do resto de nós segregada E a ferida não estancava Sangue na área saga Levanta a taça Muita fumaça Mobília podre manchada de hemácias