Quero morar num lugar De onde dê pra ver a lua E decorar constelações Busco a companhia De mim mesmo agora Pra entender das multidões Faz tempo, faz tempo que eu insisto Em fugir da imagem vã Do que projetam fora de mim Faz tempo, faz tempo que eu existo Adormecido em minhas cartas e rascunhos Sem um fim Sou o viajante que te descolou Os pés do mundo E inspirou teu coração Mas não chore na distância Estrangeiros de nós mesmos Vamos pra qualquer direção Faz tempo, faz tempo que eu resisto Ao não ser a borboleta no alfinete Pra enfeitar Faz tempo, faz tempo que eu persisto Em dizer pro meu futuro Em qual futuro eu quero estar Amor demais, amor qualquer Você tem pra dar ou só quer? Amor de si, amor de alguém Você vai levar pra quem?