Muitas histórias que contar numha cançom, Muitas imagens, muitos berros, muita dor Muitas verbas reprimidas, polas maos assassinas, Dos arquitetos do terror Com a frente ergueita e com um sacho a avançar, As velhas diante e logo os velhos detrás Sombras verdes que se achegam, prelúdio da tragédia, Pois ninguém pensa já marchar Que se vaiam! Que o monte é nosso! Que antes lhe prendemos lume a todo, Que o nosso pam hoje está em jogo E que para sairmos daqui temos que estar mortos E nom tendes mais que amanhar, Que marchar e deixar isto em paz Nom há leis, nem Estado, nem Deus, Que nos poda a nós fazer mudar Muitas histórias para contar numha cançom, De ódio e raiva, de injustiças e de amor De festas na paróquia, de risos partilhados De amizade e de álcool Que se vaiam! Que o monte é nosso! Que antes lhe prendemos lume a todo, Que o nosso pam hoje está em jogo E que para sairmos daqui temos que estar mortos E nom tendes mais que amanhar, Que marchar e deixar isto em paz Nom há leis, nem Estado, nem Deus, Que nos poda a nós fazer mudar