Se essa estação fosse um poema concreto Meu trem seria frase, palavras a puxar Vagões de carga que carregam algum sentido Pro rumo indefinido De um trem que paira no ar Acompanho com paixão no compasso dessa estrada As nuvens são os trilhos, são pautas a voar No sentido do sentir, sem tirar do sentimento A sabedoria de admirar Compartilhar e multiplicar Em cada despedida, um abraço Em cada abraço, uma união Na ferrovia da poesia Cada ação é um sentimento Em cada inocência, um conhecimento Em cada experiência há força e dor Somos vagões e precisamos um do outro Na ciranda insólita do amor Da janela alguém começa uma boa conversa Meu coração nos trilhos, segue a descarrilhar Conversa de janela de trem de estação concreta Fala da força e vontade De sempre continuar Locomotiva solta fumaça que apaga a palavra E o maquinista reescreve suas rimas à vapor Mas não precisa de urgência não, não Não tenha pressa, a alma é sábia e calma Engendra no tempo frio, o calor Em cada despedida, um abraço Em cada abraço, uma união Na ferrovia da poesia Cada ação é um sentimento Em cada inocência, um conhecimento Em cada experiência há força e dor Somos vagões e precisamos um do outro Na ciranda insólita do amor