Não tenho pressa Por ti posso esperar Os minutos no meu relógio Passam tão devagar As minhas horas São todas da mesma cor A Primavera sem ti é cinzenta E eu não conheço a cor do amor Daqui não saio Estou preso a este chão Vou riscando no meu calendário Os dias e as noites da minha prisão Fico à espera!... Quero ver o fim... Ver-te chegar, ao pé de mim! O que eu era... o que sobra de mim!... Quero ver-te chegar ao pé de mim. Sobra-me tempo Conto estrelas no céu Tantos Invernos que já vi partir Vou-me esquecendo de quem sou eu Anos passados Eu ainda estou aqui Escrevo nas folhas caídas na terra Coisas que o vento me conta de ti Meses que queimo Anos que deixo arder Mas fica sempre a saudade do beijo Que nunca cheguei a conhecer