Tudo Posso Israel Paixão Eu sou ginga de capoeira, Malemolência brasileira Ligado pra não levar rasteira Cuidado, não fica de bobeira Eu sou Anderson, sou Pereira Braço forte em meio a correnteza De onde eu vim só muleque firmeza Que hoje em dia viraram a mesa Eles olham, vasculham não encontram nada Porque minha arma é minha letra Sou preto em movimento E meu movimento te causando pulga na orelha Pode pá, procurar, nada vai encontrar Tô limpo igual meus tênis com Veja Demorô pra chegar mas agora chegou Quero o bolo, a cereja e a bandeja Trabalho honestamente pra ter meu dinheiro Minha ficha é limpa, pode ir lá Orgulho dos meus pais e também dos parceiros No front não posso vacilar Somos da capital atrás do capital Que os políticos insistem em roubar Tudo tem sua hora E uma hora as cobranças pra esses vampiros vai chegar TUDO POSSO Tudo posso quem disse que não Tudo posso então pega a visão Sacudi a poeira Dei nó em madeira Sou cria da superação Quem me fortalece não tem caô Fi do poderoso, dono do amor Vim com o coração Liga o gravador Canto funk ou trap Sem rótulo! Sou o que eles pensavam que eu nunca seria Diferente de tudo que eles diziam Sou mestre em reiventar Fazer acontecer mesmo quando não Tinha jeito mesmo Vê direito Sou sujeito Homem preto Som pro gueto FLASH! Que essa é pra postar e virar na net Essa é a nossa arte, chegues de cash Pro fim de semana sair num jet Ligo os lek e vamos de outback Me passa a caneta que assino o cheque Já ouviu falar em lazer de chefe? Malandro de carteira Não bato carteira Aprendi que tenho que trabalhar Pra virar o jogo, pra virar a mesa Pro Datena não queer o que falar Duas vezes melhor por causa da minha cor e origem Não posso ramelar Ritmo de favela que tomou o mundo Botando os racistas pra pirar Tudo posso quem disse que não Tudo posso então pega a visão Sacudi a poeira Dei nó em madeira Sou cria da superação Ou! É tipo Bin Laden Sustenta! Sustenta! Sem terror nenhum, sem terror nenhum (B Wayne) Girando o mundão, girando o olhar Parado no tempo eu não posso ficar Que os cria da 13, da 7 De norte a oeste Dessa vez não vão perdoar Riscando o passinho, funk na capela Cash pra mim e pra minha favela Hit favela, becos e vielas Samplearam os pontinhos dos bate panela Meu nome é favela É do povo e do gueto Sou black pantera, orgulho dos meus pretos Função é na vera, sebo nas canela No corre do cash, pique papá-léguas Meça suas palavras pra falar de nóis Sua ofensa não pode calar nossa voz Somos o antes, agora e após Somos Wakanda e não estamos a sós Agora a liberdade é que vai cantar Cantamos demais pra chegar liberdade O tolo constrói divisas e barreiras O sábia aliança e trabalha a verdade Tudo posso quem disse que não Tudo posso então pega a visão Sacudi a poeira Dei nó em madeira Sou cria da superação