Enquanto o vento assobia no meu chapéu Eu abro o peito, gineteando campo a fora Eu nasci xucro e trago nas veias esta herança Me fiz ginete no lombo dos aporreados Gosto de ver o sangue escorrendo da espora Enquanto o mango vai pegando dos dois lados Já fiz cavalo para três pátrias gaúchas Pois sou herdeiro do finado Tiaraju Bicho maleva e veiaco que bate basto Bate o pavor quando enxerga este xiru Me alegra muito a voz de larguem esse guacho Que sai bufando e urrando nas minhas esporas Enquanto o vento assobia no meu chapéu Eu abro o peito gineteando campo a fora Enquanto o vento assobia no meu chapéu Eu abro o peito gineteando campo a fora Faço bocudo endemoniado virar santo E burro xucro sair arrotando capim Até o cuiúdo da manada, que era surdo Ouve meu nome e se ajoelha perto de mim Tenho por sina esse oficio lindo e bruto Trago de canha pelo forte e maneia Porque se o maula encasquetear que ele é mais macho Esbarra no braço de quem doma e gineteia Me alegra muito a voz de larguem esse guacho Que sai bufando e urrando nas minhas esporas Enquanto o vento assobia no meu chapéu Eu abro o peito gineteando campo a fora Enquanto o vento assobia no meu chapéu Eu abro o peito gineteando campo a fora Me alegra muito a voz de larguem esse guacho Que sai bufando e urrando nas minhas esporas Enquanto o vento assobia no meu chapéu Eu abro o peito gineteando campo a fora Enquanto o vento assobia no meu chapéu Eu abro o peito gineteando campo a fora