Os pilas que guardas em tua algibeira Não fazem de ti melhor que ninguém Teu lenço de seda, tua pilcha de gala São menos que nada na estância do além Apeiros de prata, relógio de ouro Cavalo crioulo, teus bens de valor Não valem patacas em tua jornada Se tu tiver nada em teu interior Se tu tiver nada em teu interior Levamos da vida o que temos por dentro Nossos sentimentos, o bem que façamos A mão que alcançamos, o quebra cinchado A paz de um amargou e o pão que ofertamos ♪ O rancho que erguestes pra tua morada Não te faz maior que o menor dos viventes Tua ponta de gado, rebanhos e potros Não te faz aos outros, um ser diferente O cargo que ocupas, a boia que come O teu sobrenome, o anel de doutor São bens passageiros que a morte arrecada Tu tens o que guardas em teu interior Tu tens o que guardas em teu interior Levamos da vida o que temos por dentro Nossos sentimentos, o bem que façamos A mão que alcançamos, o quebra cinchado A paz de um amargou e o pão que ofertamos Levamos da vida o que temos por dentro Nossos sentimentos, o bem que façamos A mão que alcançamos, o quebra cinchado A paz de um amargou e o pão que ofertamos