São tantos gritos, tantas vozes ecoando Só que ninguém vai ser capaz de responder Minhas próprias pressões martirizando Uma parte de mim que ainda quer viver é como olhar pro céu e não ver mais a lua é como pisar no chão e não sentir firmeza é como despir a mentira e deixa-la nua é como chorar de alegria jorrando tristeza Onde estão os rabiscos que um dia eu fiz? E meu remédio pra essa dor exagerada? Estão na memória de um menino feliz Ou, quem sabe ainda, na mente debilitada Se prenderam meu selvagem, ainda eu não sei Se me arrancaram a liberdade de sonhar Não tenho culpa de passar o que eu passei Sou ser humano e só assim pude gritar Fez-se da vida Um túmulo de restos Onde se planta a dor sofrida Pra colher, então, rancor Ferimos com nosso veneno Todos os protestos Que lutaram pela vida Num dia sem cor