São tantas marcas E eu não sei por onde começar Eu tive um sonho Que eu te via chorar Estava triste com saudade de você Porque tu choras Fala pra mim o que está a acontecer, acontecendo Por muitas vezes Ele foi à alegria da multidão Tocou os hinos e viu as suas forças jogadas ao chão Se fez valente e viu a multidão inteira sorrir Mais em quatro paredes Quem é que estava lá pra ele ouvir, por quê? São tantas marcas Que eu me prendo aqui neste violão Porque tu me deste a dor dele nesta canção Se a alma chora as cordas do violão vibram de dor Demonstra a dor que a lua do mundo não ocultou Por muitas vezes ele não quis aparecer E seu papel era tristeza, era sofrer, era sofrer Então às vezes, a gente canta só pra se alegrar Não tem palavra, não há poesia, pra você cantar Então vem se joga em meus braços Dá o primeiro passo, te solto do laço Então vem, me dá teu sorriso O teu desabafo, arranca o teu fracasso, o teu cansaço Eu sou o amor, eu sou o autor Eu sou simplesmente o teu Senhor Te faço pregar, e te dizer cantar Mesmo que você esteja com dor, sou eu Era a madrugada eu te vi assim E vi um anjo dizendo que a vida dele era assim São tantas marcas que a solidão de mim se abusou Eu sei que às vezes erro, mas encubro tudo com amor Porque são mais do que palavras São mais do que sentimento É o começo da grande calma E se fim dará a voz do tormento Eu sou a voz do horizonte brilhando, cantando Trovão verdejando Eu sou o mar E seus alvoroços batendo na rocha Tirando o poeta do mar no sufoco Eu sou a cor mais linda do pintor mais vivo Que pinta a vida mesmo sem entender Eu sou chamado todas as canções Eu sou aquilo que ninguém vai entender, eu sou Já não me dá canseira Consola o teu Senhor Falar que não vai mais orar Que não agüenta mais Sempre a mesma coisa que vai virar A melodia se afina com a alma Poesia declara Eu vou parar de orar Eu vou parar de tocar E dizer quem sou para compor aquilo que é chamado Senhor São tantas marcas São tantas marcas Mas eu sou como um anjo tão lindo Eu posso te libertar O meu nome é alegria Eu só espero Deus me enviar Eu sou aquele que tinha bandeja E fiz o jarro de óleo transbordar Eu sou aquele que encheste de amor Te visitei, eu te fiz cantar São tantas marcas São tantas marcas