Bebei-vos do vinho dos mortos Comei-vos do karma dos vivos Em um novo ritual antropofágico Onde os homens se alimentam De suas próprias tragédias Encantos que se tornam imortais ♪ Cocorocô, galo cantou Cada cantor tem sua recreação Recomposição, devastação Shiva chorou, temos recriação Eu que semente de um fruto me lembro Que a fruta era flor, virou estação Gana vendeu, a fé se enganou Olhos abertos é só o amor Cocorocô, galo cantou Cada cantor tem sua recreação Recomposição, devastação Shiva chorou, temos recriação Eu que semente de um fruto me lembro Que a fruta era flor, virou estação Gana vendeu, fé se enganou Olhos abertos é só o amor ♪ É de sangue pisado o meu tom Canta dobrado corrupião É de sangue pisado o meu tom Se eu já caí no chão Canta dobrado corrupião Rudá me deu a mão É de sangue pisado o meu tom Se eu já caí no chão Canta dobrado corrupião Rudá me deu a mão É de sangue pisado o meu tom Se eu já caí no chão Canta dobrado corrupião Rudá me deu a mão Eu que me armei contra tudo ao meu lado Que um homem jurado é um homem jurado No peito o meu tom, sangue pisado Um corrupião, hoje eu canto dobrado Eu que me armei contra tudo ao meu lado Que um homem jurado é um homem jurado No peito o meu tom, sangue pisado Um corrupião, hoje eu canto Pscilocibina, filtro de retina Desata meu ego, abaixa a neblina Flor de tangerina, gota cristalina Decepa egoísmo, revela o amor Pscilocibina, filtro de retina Desata meu ego, abaixa a neblina Flor de tangerina, gota cristalina Decepa egoísmo, revela o amor Cocorocô, se eu já caí no chão Cocorocô, Rudá me deu a mão Cocorocô, se eu já caí no chão Cocorocô, Rudá me deu a mão É de sangue pisado o meu tom Se eu já caí no chão Canta dobrado corrupião Rudá me deu a mão ♪ Rudá manifesta-se em seu camarada Na forma de bicho ou na forma de fala De luz ou de som, da pinga fiada Amarga a marvada e minha alma lavada