Agarrado ao garrafão 'Tou agarrado ao garrafão Agarrado ao garrafão 'Tou agarrado ao garrafão Com um garrafão na mão a fazer serão às Quatro da mañana na ponta do penhasco Vê lá o que é que o álcool me faz Mas é difícil andar sóbrio na terra onde o vinho é tão basto Vinhas num terreno tão vasto e cheias de qualidade E eu só vou ficar descansado, quando tudo tiver provado Eu e os manos bebemos, andamos à toa Gostamos dos indianos, bebida barata em lisboa E eu não me rendo ao vinho mas p'ra mim o vinho rende Afugenta peixes na rede mas eu tou sempre com sede Eu digo-lhes, "Damn miúda, hey tu tas linda hoje" Ela diz que a cambalear eu não vou muito longe E este bafo atrofia, preciso de uma pastilha Mas a pastilha que me deram não era bem a que eu queria Não largo a garrafa é simplesmente instintivo Eu bebo sozinho não preciso do teu incentivo Se eu tou com o garrafão então dá-me conversa Se não, não me interessa a atenção dispersa depressa Eu sei que tudo na vida muda com a guita Mudam amigos mudam bitches mas não muda a bebida Foi à pala álcool que eu fodi a minha vida Foi à pala do álcool que me apanhou a polícia Foi à pala do álcool que eu fiquei com barriga E é à pala do álcool que agora me esqueço da lírica E continuo Agarrado ao garrafão 'Tou agarrado ao garrafão Agarrado ao garrafão 'Tou agarrado ao garrafão Sempre dado e agarrado ao gargalo do garrafão Cabrão do fígado quer pôr-me em tribunal por agressão E maltratos, de facto o que me vale a conclusão De que para dois copos a voar então mais vale um na mão Eu até tento manter segredo mas já não cola pá Como não tenho guito chamam-me bêbedo em vez de alcoólatra E a foda tá, em que a vergonha já não mora cá Se o vinho é zurrapa a gente disfarça com cola, já Não vejo a hora de a minha filha poder pegar vasilhas Para ir a mercearia da vizinha comprar bebidas p'ra o papá Não sei se sou eu que dou espiga, mas há quem diga Que eu tenho um problema com a bebida Mas é mentira, calúnia vil, intrigas Eu e a bebida damo-nos às mil maravilhas Ainda ontem ao meio dia, matei duas lezírias À tarde, vinha dos frades que faz companhia Ao pôr do sol garrafas de tintol já tão vazias À noite, de tanto vinho viras pintainho, só pias E dispenso o bom senso mas não dispenso a dose Sou um candidato perfeito a uma cirrose precoce Porque eu bebo com afinco, cara podre eu já não minto Gosto tanto, branco ou tinto, já nem o meu corpo sinto Hey, olha só para o meu estado Estrada estreita, direita, mas eu ando aos zig zags Não sei se bebi cola mas ao chão fiquei colado E vou acordar todo mijado, porque eu tou agarrado Agarrado ao garrafão 'Tou agarrado ao garrafão Agarrado ao garrafão 'Tou agarrado ao garrafão Garrafão garrafão garrafão garrafão Garrafão garrafão Garrafão garrafão garrafão garrafão Garrafão garrafão Agarrado ao garrafão Agarrado ao garrafão Agarrado ao garrafão Agarrado ao garrafão