Acasos tão poéticos É uma da manhã Abri um livro que eu nunca terminei Caiu uma foto sua criança Nem lembrava que eu guardei Menino, você é seu próprio rei Os olhos tão serenos E o coração revolto Como pode hoje eu te conhecer tão pouco? Se algo sobre o seu olhar Era como voltar Pra casa Mas já não somos os mesmos Sinto que até já morremos Pra tudo que fomos E aquilo que nunca conseguimos ser É como um poema inacabado Que ninguém nunca vai terminar de escrever Todas as constelações Das noites sob o céu Promessas numa caixa de papel Eu gostava de acreditar Ter nas mãos uma certeza A inocência tem sua frágil beleza A gente queria fugir do mundo Ainda não tinha descoberto Que do mundo dá pra fugir Mas não dá pra fugir do nosso deserto E algo sobre te amar Era como voltar Pra casa Mas já não somos os mesmos Sinto que até já morremos Pra tudo que fomos E aquilo que nunca conseguimos ser É como um poema inacabado Que ninguém nunca vai terminar de escrever Já se passaram tantos anos E a lembrança foi reacesa Nas gavetas da memória, nossa história Quem cuida é o tempo Que conserva esses momentos Em sua própria beleza Mas já não somos os mesmos Sinto que até já morremos Pra tudo que fomos E aquilo que nunca conseguimos ser É como um poema inacabado Que ninguém nunca vai terminar Pois já não somos os mesmos Sinto que até já morremos Pra tudo que fomos E aquilo que nunca conseguimos ser É como um poema inacabado Que ninguém nunca vai terminar de escrever (Eh-eh-eh-eh) Que ninguém nunca vai terminar de escrever (Eh-eh-eh-eh) Que ninguém nunca vai terminar