O amor é um ato revolucionário Quem vive amando, dando amor e sendo amado Colhendo o que lhe é oferecido E a si mesmo se coloca ofertado Se este está nu, veste-o manto sagrado Que ao que ama o infinito faz vestido De Deus e os deuses, sim, é o mais querido Mesmo no escuro seu sentir é iluminado O amor é um ato revolucionário Por estados e religiões temido Quem pelo amor é pertencido A si governa e só a ele é confessado Quem ama, ao andar, cria sua estrada Em seu voo, vê as planícies prazerosas E no cume das montanhas alterosas Toca, em gozo, a rosa viva imaculada Não será jamais pelo mal tocado Seu eu profundo não é nunca profanado Só mesmo o tolo nega do amor o apostolado E a seus apóstolos diz que vivem em pecado O amor é um ato revolucionário À besta humana torna em anjo apascentado Em amoroso afia o espírito mais irado O corpo e a alma um no outro, todo e tudo Quem ama fala ao mundo mesmo mudo Seu pulso é a pulsação do universo em dança Nas inquietações da guerra insana, a paz alcança Quem traz a lança do amor e seu escudo Não será jamais pelo mal tocado Seu eu profundo não é nunca profanado Só mesmo o tolo nega do amor o apostolado E a seus apóstolos diz que vivem em pecado Não será jamais pelo mal tocado Seu eu profundo não é nunca profanado Só mesmo o tolo nega do amor o apostolado E a seus apóstolos diz que vivem em pecado Oh oh oh oh Oh oh oh oh Oh oh oh oh oh Oh oh oh oh Oh oh oh oh Oh oh oh oh oh O amor é um ato revolucionário