Corre um boato aqui donde eu moro Que as mágoas que eu choro, são mal ponteadas Que no capim mascado do meu boi A baba sempre foi, santa e purificada Diz que eu rumino desde menininho Fraco e mirradinho, a ração da estrada Vou mastigando o mundo e ruminando E assim vou tocando essa vida marvada É que a viola fala alto no meu peito humano E toda moda é um remédio pro meu desengano É que a viola fala alto no meu peito humano E toda mágoa é um mistério fora desse plano Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver Passa lá em casa pra uma visitinha Que num verso ou num reverso da vida inteirinha Há de encontrar-me num caterete Há de encontrar-me num caterete ♪ Tem um ditado tido como certo Que cavalo esperto não espanta a boiada E quem refuga o mundo resmungando Passará berrando essa vida marvada Cumpadi meu que envelheceu cantando Diz que ruminando dá pra ser feliz Por isso eu vaqueio ponteando E assim procurando minha flor-de-lis É que a viola fala alto no meu peito humano E toda moda é um remédio pro meu desengano É que a viola fala alto no meu peito humano E toda mágoa é um mistério fora desse plano Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver Passa lá em casa pra uma visitinha Que num verso ou num reverso da vida inteirinha Há de encontrar-me num caterete Há de encontrar-me num caterete