Tanta água no poço e o riacho tão seco e só O cercado é de toco e o arado é de pedra e pó Um cansaço na rede e uma sede de se estranhar Sei lá... Um olhar pra parede e uma prece pro céu chorar Sei lá... Se pudesse o sol chover Só a metade do que chove no meu coração Dava um lago pra beber E o chão virava neve de tanto algodão Filho pra criar, crescer E o gosto de rever moringa na janela Tanto milho pra colher De nunca mais se ver o fundo da panela Tanta água no coco e o riacho tão seco e só O cercado é de toco e o arado é de pedra e pó Um cavalo novilho e um filho que vai chegar Sei lá... Tem cabelo de milho o brilho do sol no olhar Sei lá... Se pudesse o sol chover Só a metade do que chove no meu coração Dava um lago pra beber E o chão virava neve de tanto algodão Filho pra criar, crescer E o gosto de rever moringa na janela Tanto milho pra colher De nunca mais se ver o fundo da panela Se pudesse o sol chover Só a metade do que chove no meu coração Dava um lago pra beber E o chão virava neve de tanto algodão Filho pra criar, crescer E o gosto de rever moringa na janela Tanto milho pra colher De nunca mais se ver o fundo da panela