É, Pedro Paulo Brigado ter me apresentado esse som, moleque Brigado demais E Valdomiro Vê dois bolos de carne Uma salada de batata E chopp né, óbvio Clássico Tira o rolex do pulso Cê tá no centro moscando Avisa aos Burro do Shrek Que nós chegamo Eles só falam de ice, droga Sobre o respeito que têm Eu fico aqui me perguntando De quem? Se é sobre nota de cem Fazem dinheiro de ópio Com o coração em Nairóbi Eu dominei até Tóquio E empresário, roteirista Diretor, o elevador ainda sobe Tua profissão não é nada mais Que meu hobby E eu faço mais do que tu Faço melhor do que tu Sou Mansa Musa E o rap é meu Timbuktu Eu cuspo ouro Caso não tenha entendido Dou aula em tudo que eu sopro Dentro do teu ouvido E excelência é um hábito Aristotélico, é fato Por isso que esse meu foco, neguin É tão puxado Eu me dedico a ser melhor Elevar o padrão em tudo que eu faço Depois dedico A ensinar passo a passo E já salvei tantas vidas Que isso parece minha sina Mermo depois De eu ter negado a medicina E já faz anos, mudei os planos Memo nunca tendo feito Disse que ia fazer Matei a responsa no peito Num sou exemplo a ser seguido Então aprenda com erros Não tem felicidade a vista Se os amores são perros Não se iluda com o tamanho Que que tu acha que tem Podem até concordar Mas tão errados também Ninguém sabe o segredo pra ser feliz Não importa o que diz Então não ache Que tá tudo por um triz Só acredite em julgamentos Que vierem de um juiz E nunca negue outro chopp No Bar Luiz, no Bar Luiz E nunca negue outro chopp No Bar Luiz, no Bar Luiz E nunca negue outro chopp No Bar Luiz Eu me pego aqui sonhando Com impérios e impropérios Mas os sonhos de poder São tão venéreos, é sério Eu sempre me iludi Que eu ia ser diferente Que a humildade Era o que eu tinha de semente Mas eu plantei meu ego E hoje eu colho MCs Repetindo todas essas coisas Que eu já fiz Pediram bis Sou Santos Dumont e voei no meu Foram catorze até acertar Não vai ser no primeiro teu E eu sou uma divindade Da gramática versada É a mim que a oração É subordinada, de nada E antes que agradeçam Só não se esqueçam Que no mundo Buraco é sempre mais fundo Mas ali na Carioca O tudo num é nada Com um bolo de carne E uma salada de batata E um chopp No Bar Luiz No Bar Luiz Teu braggadocio é trágico O meu é biográfico Cês vendem droga E eu nem me refiro ao tráfico Meu tráfego de ideias Pavimenta gerações Eu repito minhas letras Sem nunca gerar versões E falo de melodia Sem nunca escrever refrões Subverto o mundo E em meia dúzia, encontro multidões E fodam-se os milhões Os jatos, os carrões Quem faz pelo dinheiro Nunca vai marcar noções E se eu morrer fodido Mas tocar nos teus ouvido Pra mim vai ter valido ter vivido Pra mim já até valeu já ter vivido Pra mim já até valeu já ter vivido