As ruas de concreto vão até a beira da saudade Que é onde eu posso ver quem é que tem os olhos de verdade. A brisa do inverno vai soprando até o fim da noite E o dia vai nascendo em tempo errante. Eu não vim pra ficar, eu sei que quase todo dia A alma vaga solta enquanto o corpo esfria. O cinza da cidade enfim me leva até a minha rua, Na vida que prospera a espera é nula. Eu não vim pra ficar, eu sei que quase todo dia O corpo fica solto enquanto a alma vazia. Ciranda de gente, A vida é flor de luz que a gente aprende a despetalar.