Pelos nove cantos do mundo Ouço gritos desesperados de mulheres abandonadas. Triste, mulher guerreira. Sozinha, mulher guerreira. Chorando, desesperada. Mato se for preciso afinal já sou assassina Pra que cada vida seja preservada, a vida viva. E permitir o perdão à vida abortada. Minha costela se rompe na urgência de meu corpo De se livrar de tais maus tratos, de tal culpa Mato se for preciso afinal já fui assassinada. A vida que arranquei de meu ventre é uma vida Que eu não queria. quem ia cuidar de mim? que Sonhos destruiria? peço perdão todos os dias. Não foi falta de amor! Eu to presa nessa carne, nessa vida sob o olhar Do senhor. A culpa carrega aquele que não sente! Mãe, perdoa esses homens maus.