Outra noite tão fria E tudo que eu queria Era lembrar Lembrar do mal que fiz E mesmo assim, eu ria Olha só, quem diria? Amanheceu O que eu fui, morreu Eu cresci no meio de loucos ingratos Fracos Claro que eu queria ser sensato Fato Nunca consegui ser relocado Chato Sempre me senti tão deslocado Intrigante como longe sempre é perto de algum fato não concreto Mostra meu destino incerto E eu concentro, me completo pra provar que ser discreto Vale mais do que brilhar sozinho nesse seu deserto E eu sabia bem Que sorria bem Não fazia bem Mas sofria sem Cortesia, sem Amor, ria sem Ter do quê Por que eu ria? Falta-me coragem ou falta a ti percepção? Falta-me o medo ou sobra determinação? Fraco meu enredo, mas o conto é de vazão Do meu sangue quente que escorre pelo chão Me chamam de louco por crer na desilusão Me chamam de fraco por sofrer com coração Então aceitei que sou de tudo a união Sou tudo, mudo, mundo, louco, são Poucos vão me ver, muitos vão ouvir Quem vai entender? Quem vai desistir? Quantos vão saber? Quantos vão sumir? Quando eu vou subir? Quando eu vou subir? Quando eu vou cair no túmulo de luz? Sem um caixão, um nome, um elo ou uma cruz Quando eu vou viver de utopia? Mostrar que mesmo longe de ser bom, eu pude ser o que eu queria E esses ratos tão imaginando Que eu não tô sabendo nem lidar Com esses marcos, já não tão ligando Se vou desistir ou revoltar Eu vi o medo se espalhando Vi, vivi O pouco que restou de vida aqui Sorri Ao ver vocês chorando E olha aqui Olha se eu tô brincando Somos ódio, sangue, força Pretensão, proteção da faca e forca Retenção de distúrbios Loucos, loucas União da escória Poucos, poucas Um espelho do mundo Isso sinto E antes complexado Que sucinto E seguimos um fim no nosso ciclo Ratos do Universo 25 Falta-me coragem ou falta a ti percepção? Falta-me o medo ou sobra determinação? Fraco meu enredo, mas o conto é de vazão Do meu sangue quente que escorre pelo chão Me chamam de louco por crer na desilusão Me chamam de fraco por sofrer com coração Então aceitei que sou de tudo a união Sou tudo, mudo, mundo, louco, são Poucos vão me ver, muitos vão ouvir Quem vai entender? Quem vai desistir? Quantos vão saber? Quantos vão sumir? Quando eu vou subir? Quando eu vou subir? Quando eu vou cair no túmulo de luz? Sem um caixão, um nome, um elo ou uma cruz Quando eu vou viver de utopia? Mostrar que mesmo longe de ser bom, eu pude ser o que eu queria Às vezes, não é preciso temor É preciso amor E o calor provido fará sentido Na hora em que a flora virar cinzas e você viver viver escondido O medo faz bem É ele que nos mantém Mas na terra onde o medo reina, livre Quem teima? Quem sobrevive?