O solo, osa, morada A relva, o seu cordão Orum, a curva azulada O arco e sua tensão Olfato, vista aguçada Ofá e a perfeição No monte, okê, se cala A mente em ligação Aruanã, se esconde no igapé Irerê canta longe, ode a odé É noite sem lua Quem teme recua Floresta em festa E a presa a voar Voa flecha A mando do destino Em nome do divino O alvo vai sangrar! Mata fecha Estrela em céu a pino Nas mãos do peregrino O alvo vai sangrar Cala a orquestra O gan canta seu hino Silêncio me confino O alvo vai sangrar Ó destemido Odé A mata te saúda O alvo te saúda A flecha te saúda A relva te saúda Nosso povo te saúda A floresta te recebe E nós te recebemos em festa Odé – Oh caçador de uma flecha só Oxotokanxoxô, Okê Arô!