Fizeste um gesto que alguém foi copiar, Um gesto que era apenas meu para dar... E num instante foste longe no teu jeito de vaguear, Sem sequer reparar... De todos, este eu sei de cor, o gesto que é meu... Pegaste um livro e num momento vulgar, Tocaste o espaço, fintaste o paranormal... Subiste o mundo sem olhar para trás, Num caminho espacial, num gesto em ti banal... De todos, este eu sei de cor, o gesto que é meu... Sobra incerto um gesto, que cega e faz tremer, Num inferno de feroz calor, Que queima o amanhecer... Sobre um beijo desfeito entregas sem saber, O gesto que é meu... Em tela de água fez-se o tempo parar, Um tempo que era escasso para pintar... Em luz dormente um novo enlouquecer, À luz do teu poder, um gesto a adormecer... De todos, este eu sei de cor, o gesto que é meu