Um dia ela acordou sem chão Olhou para baixo e viu O mundo inteiro e o coração Presos por um fio Sem saber bem o que fazer Ela levantou-se devagar Pôs um pé à frente do outro E o olhar no lado de lá E de braços bem abertos E na mão uma sombrinha Num suspiro largou o medo E caminhou sozinha Um dia ela encontrou O equilíbrio perfeito Limpou as lágrimas e desatou O nó que lhe apertava o peito Ela foi vivendo assim Num balanço constante Pois sabe que o amor, no fim Não passa de um instante E de braços bem abertos E na mão uma sombrinha Num suspiro largou o medo E caminhou sozinha E de braços bem abertos E na mão uma sombrinha Num suspiro largou o medo E caminhou sozinha Um dia ele voltou Olhou para cima e sorriu Esquecido do dia em que a deixou Sozinha naquele fio E quando ele quis devolver-lhe o chão Ela chorou baixinho Num suspiro largou o coração E seguiu coração E quando ele quis devolver-lhe o chão Ela chorou baixinho Num suspiro largou o coração E seguiu coração