Eia, Não gostou chama o sindico Aham Eu agradeço ao povo brasileiro, Norte, centro, sul inteiro Onde reinou o baião Eu dou um salve pra todos os maloqueiros Que sempre faltou dinheiro Mas sobra disposição Liberta o guidom, Somos o que demos Somos o que temos Somos o que lemos Torrando venenos Somos o que somos Eu to ligado Quanto menos tiver Mais eu sou dono de mim Aonde é? Vou sim Nóis tá até facim Desde a infância os bamba de samamba Me passou as manha por isso que eu to soltim Fiz melodias, como se fosse músico Tô na correria, escorrendo meu máximo Eu vou com a rebeldia, sem saco pra ser súdito Cuspindo cada silaba, pro estado cair sábado É puro suco dos poros, puro Bumbo no angulo, trango e no surdo Bruxo, puxo o mundo pela pele RAP não me expele, sujo Quebrando bancos sem dar lucro Entre os puros sou o mais sujo Entre os putos sou o mais puto Nos dedos carrego os anéis de saturno E nos pés liberdade repele o coturno Sobre a cabeça os aviões, Sobre meus pés os caminhões Que derrubei com meus refrões Aos mc's tenham culhões Paz Aos mc's tenham culhões Nóis Hoje eu sonhei que eu tava no ipê Meu povo despreocupado sem dar laia pros auê Hoje eu sonhei que eu tava no ipê Meu povo despreocupado sem dar laia pros auê Trabalhador tá de pé seis e pouco da matina E a coragem que anda com a fé vai de encontro com a força divina Divina, esquina, Passando correndo era bala rotina Ladrão ou milico, malaco e neblina As pipas no céu sobe cedo e vai tarde Acaso o moleque que sonha Implica com a mãe que faz birra E se a chinela canta ele que engole o choro E na primeira chance ele parte pra vida É o cerrado, cangaço E se tu abre espaço nóis faz a bagunça Assusta o jagunço na porta da feira E o peixe tá caro e não vale uma onça Conta quantos amigos se foram Ensino precário quase não se formam E o lá quem fugiu da sala Billa bong, berma, bolo um beck e pala Cala, não fala e faz xiu Quem não conhece é quem julga Filho da dona de casa é madruga Geladeira cheia, o corre da fuga Hoje eu sonhei que eu tava no ipê Meu povo despreocupado sem dar laia pros auê Hoje eu sonhei que eu tava no ipê Meu povo despreocupado sem dar laia pros auê Sobre a cabeça os aviões, Sobre meus pés os caminhões Que derrubei com meus refrões Aos mc's tenham culhões Paz Aos mc's tenham culhões Nóis