E viu a mulher que a árvore era boa pra dar a comer Agradável aos olhos e desejável pra dar entendimento Tomou do seu fruto e comeu E deu dele ao seu marido, que também comeu Nossa jornada nos leva agora ao mais sombrio e pesaroso passo O caminho que tomamos em direção Ao conhecimento mais sublime de todo universo Revela seu momento mais frio, chegue mais perto Não são muitos os pés que percorrem-se desfiladeiro Não é convidativo, não é agradável Mas é necessário passar por este capítulo, portanto Chegue mais perto, olhe de perto Tudo que era perfeito, toda harmonia e paz São tragicamente devastados no dia em que O primeiro casal, deixa a se levar pelo desejo dos seus olhos De olhos bem abertos, voluntariamente E supondo que nenhuma consequência lhe sobreviria Adão joga tudo por ar Eva seguiu a serpente, Adão seguiu à Eva E ninguém seguiu a Deus Neste exato momento a criatura humana Conheceu aqueles que seriam Seus companheiros mais próximos Ao longo dos séculos: a vergonha e a culpa Entenebrecido de tais sentimentos Adão foge Adão se esconde por sua própria conta Adão se veste Eis a natureza do pecado Eis o que ele faz de mais cruel Afasta as pressas o homem de Deus Com vãos pensamentos convence o fraco ser De que ele pode se esconder, pode se vestir, pode se valer E a menos que Deus proveja imediatamente uma cura E chama de volta o pecador Ele foge interminavelmente de Deus E justificando-se com mentiras, acumula pecado sobre pecado Até chegar à blasfêmia e ao desespero Finalmente a pessoa pecadora preferirá Acusar Deus do que reconhecer o seu próprio pecado Porque esta é exatamente a natureza do pecado Ele não permite que a pobre alma fuja de volta pra Deus Mas antes, a força a fugir pra longe de Deus Sempre, incansavelmente pra longe O belo tornou-se bizarro, as cores perderam seu brilho E criaturas perfeitas tiveram seu cerne corrompido pelo mal Uma doença mortal se apoderou de toda humanidade Submetendo a criação ao mais terrível sofrimento e agonia E neste momento, o homem que antes era alvo De toda bondade e provisão de Deus Se faz então alvo de sua ardente ira Culpado por desviar-se do padrão moral do Criador O homem tem vagado pelos corredores da história Como foragido, morto em seus pecados Nascido da semente corrompida de Adão Depravado radicalmente Não perguntam por Deus nem desejam conhecê-lo Não fazem ideia nem mesmo de sua própria condição moribunda Uma vez que todos estão em trevas Ninguém pode chegar ao pleno conhecimento de si mesmo Sem que se acenda uma luz Uma enfermidade de consequências severamente mortais E que atinja pobres e ricos, homens de todas as tribos Nas ilhas mais distantes, dos montes mais inóspitos Nos tempos mais remotos, esta peste sempre esteve lá Onde havia um homem pra respirar Havia pecado, havia culpa, havia medo Estava na prática de um homem que esquivou-se de ser leal No pensamento de uma mulher que alimentou seu desejo mais letal Na fala de um blasfemo, no sangue, na alma de um pequeno Por um só homem entrou o pecado no mundo E agora o que é nascido da carne é carne, por natureza filhos da ira Cultivadores da mais arrogante inimizade contra Deus Aqueles que são mais piedosos entre nós Aqueles que são de boa reputação Os que passam os seus dias em pacata observação Estes ainda sim são tão culpados diante de Deus Quanto o mais cruel assassino, os devassos e os opressores Porque o que nos torna desprezíveis não é o que fizemos, é o que somos Somos filhos de Adão Nascemos debaixo da condenação que estava sobre ele Tão santo e puro é o nosso juiz que diante Dele O melhor de nós cheira mal e está apodrecido Seu padrão moral é inatingível por nós Ele é puro de olhos não pode ver o mal Qualquer que tropeçar em um só ponto de sua lei Está culpado de toda lei E alma que pecar esta morrerá Pois o salário do pecado é a morte Não podemos nos esconder pra sempre Deus julgará o segredo dos homens Os pensamentos mais remotos E por causa de sua justa justiça Os perversos serão lançados no inferno Irão para o castigo eterno pois no céu Nunca, jamais penetrará coisa alguma contaminada Corram por suas vidas, vistam-se do mais fino linho Escondam-se por trás de sorrisos e finjam suas alegrias Divirtam-se com o que é mentira E todos vocês esqueçam-se da verdade Armem circos, dancem, bebam e comam Inflamem-se em suas paixões e depois escondam Escondam suas convicções Nos discursos intelectuais da mais pura insanidade Fechem os olhos pra o caos Olham no espelho e convençam sua alma Convençam-a de que vocês estão seguros Sob a mira da flecha certeira de Deus e mais seguros Digam que é mentira a verdade Digam que não sabem de nada Tranquem a porta pra miséria e pra crueldade Que insistem em testemunhar essas verdades Sim sorriam, mas se não lhes parecer correcto tudo isso Junte-se aos que desistiram Existem ainda os que foram convencidos pela graça de Deus Pra estes humanos finalmente acendeu Não podem negar, não podem mais se esconder Junte-se a estes pobres homens e simplesmente jogue-se ao chão Convencido de que não pode livrar-se dessa condição, desta condenação Jogue-se ao chão como um pobre homem do passado e diga Tenha misericórdia de mim Deus Sê propício a mim