Era uma vez uma bondosa senhora que morava no bosque
Como ela vivia muito sozinha
Pediu para as fadas uma companhia
E ganhou uma linha menina do tamanho de um dedo polegar
A quem deu o nome de Polegarina
Um dia chegou um sapo e quis casar com Polegarina
Não, ela gritou, esperneou, mas não teve jeito
O sapo a levou pro lago e a deixou em cima de uma folha
Eu não quero casar com o sapo e nem no lago morar
Eu quero voltar pra casa e minha mãe abraçar
Vendo Polegarina chorando
Uma borboleta ficou com pena e a levou até a margem
Dalí em diante, a menina teria que seguir sozinha
Polegarina era muito pequena e não sabia voltar sozinha
Por isso, resolveu morar um pouco com os insetos
Mas os insetos não gostaram nem um pouco da ideia
Duas pernas e dois braços a fazem diferente
Pros insetos é um perigo porque você é gente
Polegarina pediu, pediu
Mas não conseguiu convencer os insetos
Então, ela saiu andando sozinha pelo escuro da floresta
Com tanto medo, até que encontrou um rato
Na porta de uma toca, e o rato cantou pra ela
Pode entrar, menina, e ficar quanto quiser
Até que o tempo a transforme numa formosa mulher
Polegarina ficou ali um tempão
Até que um dia encontrou uma andorinha
Caída na frente da toca
Coitada da andorinha, estava quase morta
Seu bico sangrava, a asa quebrada
E Polegarina cuidou dela com tanto carinho
Com tanto amor, que a andorinha ficou curada
Logo que ficou boa
A andorinha colocou Polegarina nas costas
Adeus, amigo rato, boa sorte, Polegarina
E foram procurar a casinha no meio da floresta
Será que a velha senhora ainda estava viva?
Onde era aquela casinha?
Ah, será aqui? Ou ali?
Ah, andorinha, eu não lembro
Eu acho que é ali, vamos, vamos
E encontraram a casa e viveram felizes para sempre
A velhinha, a Polegarina e a andorinha
Nas asas da andorinha, um final feliz
Polegarina teve a vida que ela sempre quis
Assim outra história logo começou
Ela encontrou seu príncipe e com ele se casou
Lá, laiá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá