Nos hábitos, insensatez De sentimento, uma escassez espalhada nas ruas, Nas calçadas das cidades abarrotadas De gente que acaba acometida pela frustração, Embarcada no busão lotado voltando pra casa Cada um com sua responsa; Nada te faz melhor ou pior Diante das consequências, todo mundo é igual Sobre nós, nenhuma proteção existe A vida passa tão veloz e frágil Sobre nós, uma intrusa vã tristeza Ao mesmo tempo assola o proletário e a realeza Sobre nós, um suave véu azul cobrindo toda angústia e riqueza As alegrias e as dores sem remédio A essência de cada um, a perfeição e a estranheza Convivendo aqui embaixo Nos guetos isolados do coração E as flores irrompem do concreto Nos guetos isolados do coração Em meio a toda angústia habitual Um sorriso aberto é como um símbolo pichado Em arcaicos muros fronteiriços Um sorriso aberto é como um símbolo pichado Em arcaicos muros fronteiriços Sobre nós, nenhuma proteção existe A vida passa tão veloz e frágil. Quem vai calar a voz da dor? Sobre nós...