Tudo é tão miserável Quando passamos à mentir Para sustentar mentiras E já não podemos fingir Não estar tão frustrados com o que temos E por estarmos a tanto tempo aqui Daqui de cima não há nada para enxergar Foi tudo em vão, eu sei O suor seco pelo vento Agora à quem culpar por ver Tantas rugas no espelho Ossos magros nos joelhos E nenhum troféu quando vencemos? Se ficar aqui não vão te ver chorar E quem sabe possa ter sorte Ao contar as promessas que Entupiam seus bolsos Placebo para alimentar as traças O bispo quebra minhas defesas E os peões não podem mais impedir O olhar de medusa de tuas torres A rainha feita pedra Esquece de sua vida Tão perdida quanto infeliz Então não diz pra mim que tudo vai passar É só o inferno, eu sei O suór seco pelo vento Juras de amor comendo a língua Diz então que beijarias Minha boca cheia de formigas Agora que é isto e mais nada