Falar do Brasil sem ouvir o sertão É como estar cego em pleno clarão Olhar o Brasil e não ver o sertão É como negar o queijo com a faca na mão Esse gigante em movimento Movido a tijolo e cimento Precisa de arroz com feijão Que tenha comida na mesa Que agradeça sempre a grandeza De cada pedaço de pão Agradeça a Clemente Que leva a semente Em seu embornal Zezé e o penoso balé De pisar no cacau Maria que amanhece o dia Lá no milharal Joana que ama na cama do canavial João que carrega A esperança em seu caminhão Pra capital Lembrar do Brasil sem pensar no sertão É como negar o alicerce de uma Construção Amar o Brasil sem louvar o sertão É dar o tiro no escuro Errar no futuro Da nossa nação. Esse gigante em movimento Movido a tijolo e cimento Precisa de arroz com feijão Que...