É num baile de fronteira que a gente pode aprender Esse balanço safado de se dançar chamamé Tem que ter manha no corpo, pra sapatear tem que ter Tranco de sapo baleado e jeitão de jaguaretê Tudo começou em Corrientes num baile, veja você Também se orelhava um truco que é um modo de se entreter Um ás que sobrou na mesa bastou pra coisa ferver A cachaça brasileira alguma culpa há de ter E foi tiro e cimbronaço, pago pra ver Deixa que venha no braço pra se entender Se um facão marca o compasso, deixa correr Enquanto sobrar um pedaço, vamo' meter E foi tiro e cimbronaço, pago pra ver Deixa que venha no braço pra se entender Se um facão marca o compasso, deixa correr Enquanto sobrar um pedaço, vamo' meter En un baile de frontera, Borges, supo aprender Del balazo galopeado, el danzar del chamamé Sentirse sapo baleado y un poco yaguareté Empezó allá en Corrientes, en un truco, fíjese Cinco ases en la mesa Muy bien esos, lléguense Y al terminar los balazos Recomenzó el chamamé Mi amigo Tarragó Ros não deixou o baile morrer Parou um valseado de seco e sapecou um chamamé Ficou só um casal dançando, gritando: Oigalê-te Que por quatro ou cinco tiros não vamos se aborrecer Dançar na ponta da adaga não é tomar tererê Tem que cordear pros dois lados fazendo o boi se esconder Aí surgiu esse tranco que foi até amanhecer Quanto mais corria a bala, melhor ficava pra ver E foi tiro e cimbronaço, pago pra ver Deixa que venha no braço pra se entender Se um facão marca o compasso, deixa correr Enquanto sobrar um pedaço, vamo' meter E foi tiro e cimbronaço, pago pra ver Deixa que venha no braço pra se entender Se um facão marca o compasso, deixa correr Enquanto sobrar um pedaço, vamo' meter