Meu pai um dia me fazia moço E me levando para camperear Assoviava qualquer coisa doce Como se fosse de luz de luar Aquela copla que não era um hino E era simples e era só sua E amansando nossa vida adulta E adoçando duas almas puras A copla terna que meu pai trazia Não transcendia para alguém mais eu Era a essência do lugar da arte Ensimesmado no seu próprio ser Não se achegava ao derredor do fogo Nem vinha junto pro galpão da estância Era parceira apenas campo afora Só sem querer me acalentava a infância Hoje a lo largo na cidade grande Quando vagueio a procurar por mim Me dou de conta assoviando a esmo E me interrompo sem chegar ao fim A minha copla de assoviar solito Tropeando ruas numa relembrança É aquela mesma que meu pai trazia Que estranhamente me deixou de herança A copla terna que meu pai trazia Não transcendia para alguém mais eu Era a essência do lugar da arte Ensimesmado no seu próprio ser Não se achegava ao derredor do fogo Nem vinha junto pro galpão da estância Era parceira apenas campo afora Só sem querer me acalentava a infância A copla terna que meu pai trazia Não transcendia para alguém mais eu Era a essência do lugar da arte Ensimesmado no seu próprio ser Não se achegava ao derredor do fogo Nem vinha junto pro galpão da estância Era parceira apenas campo afora Só sem querer me acalentava a infância