É num baile de fronteira Que a gente pode aprender Esse balanço safado De se dançar chamamé Tem que ter manha no corpo Pra sapatear, tem que ter Tranco de sapo baleado E jeitão de jaguaretê Tudo começou em Corrientes Num baile, veja você Também se orelhava um truco Que é um modo de se entreter Um ás que sobrou na mesa Bastou pra coisa ferver E a cachaça brasileira Alguma culpa há de ter E foi tiro e cimbronaço (pago pra ver) Deixa que venha no braço (pra se entender) Se um facão marca o compasso (deixa correr) Enquanto sobrar um pedaço (vamo meter) E foi tiro e cimbronaço, pago pra ver Deixa que venha no braço pra se entender Se um facão marca o compasso, deixa correr Enquanto sobrar um pedaço, vamo meter Oigalê, que coisa linda É um baile animado pelo Tchê Garotos Principalmente se for na fronteira com a Argentina A gente chega, fica mirando os paisano y las guaina E foi dessa forma que eu aprendi Vou contar pra vocês, gurizada! E num baile de fronteira, foi dónde supe aprender El balanço galopeado y el dançar de chamamé Sentirse sapo baleado y un poco jaguaretê Todo empezó allá en Corrientes, en un truco ¡Fíjese! Cinco ases en la mesa Lárgueme esos cien, decía Al terminar los balazos, recomenzó el chamamé ♪ O gaiteiro era buerana Não deixou um baile morrer Parou um valseado de certo E sapecou um chamamé Ficou só um casal dançando Gritando: Oigalê tchê! Que por quatro ou cinco tiros Não vamos se aborrecer Dançar na ponta da adaga Não é tomar tererê Tem que corpear pros dois lados Fazendo o poncho esconder Aí surgiu este tranco Que foi até amanhecer Quanto mais corria a bala Melhor ficava pra ver (E foi tiro e cimbronaço) pago pra ver (Deixa que venha no braço) pra se entender (Se um facão marca o compasso), deixa correr (Enquanto sobrar um pedaço), vamo meter E foi tiro e cimbronaço (pago pra ver) Deixa que venha no braço (pra se entender) Se um facão marca o compasso (deixa correr) Enquanto sobrar um pedaço (vamo meter)