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Giuseppe De Luca - Il trovatore, Act II: Il balen del suo sorriso текст песни

Исполнитель: Giuseppe De Luca

альбом: Opera Arias (Baritone): Luca, Giuseppe De - Verdi, G. / Donizetti, G. / Rossini, G. / Mozart, W.A. (The Victor Recordings, Vol. 2) (1916-1927)


Você pra um lado e eu pro outro, era óbvio pra mim
Dure muito ou dure pouco, tudo um dia tem um fim
Foi a minha decisão, lágrimas a rolar
Mesmo que seja o final, sinto que eu ainda tenho muito pra falar
Mas sinto que o digo diante do espelho não tem sentido, então eu minto pra mim mesmo como proteção
Nenhum amigo entende que sou meu inimigo mais íntimo, desacredito, pois não se mente pro coração
Então, como a gente faz quando a nossa paz não se encontra mais?
Traz de volta essa revolta que se viveu no passado ou aceita que o futuro guarda muita coisa?
Porra, minha vida toda só mentiras, constantes, escritas, cortantes, vazias
Repetitivas, dia após dia, sabia e via, ouvia e sentia
Que cada pessoa tinha uma razão na alma pra fazer tudo aquilo que lhe traria bons frutos
Então cada pessoa machucava outra alma esperando que colheria bonança no futuro
Eu mesmo fui assim, um dia percebi que vivia na fantasia de um mundo inalcançável
Usava como desculpa o que marcou meu passado pra ser um filha da puta de espírito amargo
Espinhos em cada palavra, me achava de pedra, via pessoas sofrendo e eu não sentia nada
Mas acabei sentindo quando me encontrei sozinho, perdido nesse buraco onde não tinha escada
Como eu vou sair? Como que eu fujo de mim mesmo se pra onde corro, meus erros chegam primeiro
Me perdi muito, estou nesse mundo imundo e ao meu lado só uma pá pra eu poder me colocar mais fundo
Que se foda tudo, decidi cavar pra tentar encontrar um lugar onde talvez eu pertencesse
Minhas mãos se calejaram, sujei meu rosto de terra e no fim eu encontrei só mais memórias do passado
Nunca fui esperançoso, eu já tava cansado
E de uma vez por todas, abracei meus pecados
Diante dos meus olhos vi essa vida sombria, alimentando e nutrindo um ser humano egoísta
Que sempre fingiu ser bom, que escondeu de todo mundo essa alma rancorosa que de amor tava vazia
Escondeu esse ódio de uma mãe que era fraca, que escolheu uma vida nova e que não criou o filho
Escondeu esse nojo de ter o sangue ruim de um homem culpado que viveu como um passarinho
Cansei de esconder que eu não sou feito de pedra, que eu sofro, que eu choro, que também carrego mágoa
Vivo em depressão e não acho uma solução, é minha hora de fazer tempestade em copo d'água
Eu tinha que desabafar, não me comparo com Jesus
Mas admito amigo que às vezes sinto que no peito carrego o pesado peso de uma pesada cruz
Não acredito em muita coisa, mas creio que no final nós pagamos por cada erro
Eles pesam na balança, não sei o fogo nos queima, mas por cada crueldade nessa vida sofreremos
Então é hora de fazer valer, por cada erro nessa vida um dia eu vou compensar
Com um futuro de ações que irão preencher de orgulho essa alma tão vazia que tantos já fez chorar
Sem apagar o passado, aceitando o que fiz, porque eu sinto que no fundo ninguém acaba sozinho
É coisa do destino, acredito que no fim cada lágrima derramada vai se tornar um sorriso

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