Às vezes dói mas eu escondo Desde que eu aprendi que os homens fortes Nunca choram nem na berma da ponte Às vezes dói mas eu escondo Às vezes dói mas eu escondo E eu 'tou sozinho num café cheio de amigos Que me querem ver morto É só mais um copo Às vezes dói mas eu escondo Ligas e até respondo Tudo tranqui meu puto Tudo tranqui aonde A dama como é que 'tá Na verdade acabou Mas eu tou fixe Não tem maca Sabes como é que eu sou Sabes o que eu te conto Às vezes dói mas eu escondo Eu 'tou perdido entre o que eu quero ser E o que ainda não sou Mas vou bafando o meu "nite" Passa o dia e a noite Não sei se 'tou a perder Amor à vida ou ódio à morte As vezes dói mas eu escondo Desde que eu aprendi que os homens fortes Nunca choram nem na berma da ponte Às vezes dói mas eu escondo Às vezes dói mas eu escondo E eu 'tou sozinho num café cheio de amigos Que me querem ver morto É só mais um copo Às vezes dói mas eu escondo E ela já nem me liga Não precisa desse calor na barriga Vê-se que esse amor não era Desse amor que era p'ra sempre Que aguenta toda a merda desde que esse amor exista Se o dia tá de sol porque é que hoje eu 'tou tão cinzento A precisar de ser preciso e eu não aguento Às vezes dói mas eu escondo Ouvi dizer meu puto conta-me 'tás bem? Nada nada mano caga eu já caguei Às vezes dói mas eu escondo Desde que eu aprendi que os homens fortes Nunca choram nem na berma da ponte Às vezes dói mas eu escondo Às vezes dói mas eu escondo E eu 'tou sozinho num café cheio de amigos Que me querem ver morto É só mais um copo Às vezes dói mas eu escondo (E que mais?) E valido a função de um mapa (Fui.) Lobo solitário a lançar umas cartas (Topas?) Fechado em copas Na estrada, um nada pleno O lado negro Antes do vale do fracasso extremo Mas já bem p'ra lá do planalto do medo Um homem (imper)feito No espelho a aprender com as marcas no rosto (triste) Feio (velho). Cara trancada e a chave no meu bolso Vem, destrói o meu trono Freud. Vê só o sonho que corrói o meu sono E mói o meu corpo e, ocasionalmente, dói mas eu.