Uma noite, um dia Num tempo que passa depressa Quase não se vê Que há uma vida Pra cumprir com os planos do cotidiano Feita pra não ter Bons momentos pra curtir Aquilo que se quer De um jeito que prorrogue a existência De maneira que o real valor das coisas Fique explícito e confronte A pura ignorância Vamos ver o que te faz feliz amigo Se é incluir teu coração nesse sistema E ser máquina de fabricar perigo Ou ser lâmina do foco do problema A questão é se excluir da tua cidade Se negar a ler a lenda do consumo Consertar a fenda aberta em nosso rumo Pra poder chorar e rir no berço da civilidade E ajudar a escrever Um sentido menos tosco Pra definição bizarra De humanidade Pois enquanto uns dormem tranquilos Outros sonham com dor e vazio Enquanto uns trabalham martírio Outros colhem sem ter o plantio