Abre a tua mão Talvez saia daí Uma surpresa Diz-me se ainda tens Para mostrar Coisa que ainda não visse Em cada olhar Um poço em que o fundo É pedra e água Que às vezes vem em cascatas Nas lágrimas matas A aflição Com que regas a coragem E regas-te a alma E lavas a porta de entrada De ti Eu vi Tão claro e transparente Porque olhava bem de frente Para ti Eu vi Lá no fundo um vulcão Feito de bocados do meu coração Eu vi Onde não vive outra vez O cansaço e o desencanto que uma vez Eu vi Desfazer mais do que um sonho E parece que fui eu que os destruí Abre a outra mão Era essa que tinha Bem fechada A promessa De darmos tempo ao tempo Parece que a tens aprisionada Promessas são como um vendaval Levantam as esperanças mortas Do chão das derrotas Onde não sobrevivem vencedores Só vivem as dores Talvez eu me engane E te esqueças de mim Eu vi Tão claro e transparente Porque olhava bem de frente Para ti Eu vi Lá no fundo um vulcão Feito de bocados do meu coração Eu vi Onde não vive outra vez O cansaço e o desencanto que uma vez Eu vi Desfazer mais do que um sonho E parece que fui eu que os destruí Eu vi Tão claro e transparente Porque olhava bem de frente Para ti Eu vi Lá no fundo um vulcão Feito de bocados do meu coração Eu vi Onde não vive outra vez O cansaço e o desencanto que uma vez Eu vi Desfazer mais do que um sonho E parece que fui eu que os destruí