Nos destroços a céu aberto Eu encaro os edifícios Efêmeros santuários da privacidade Ruínas O chão coberto de pó, ferro e plástico Cúmplices das crônicas arrasadas Em cada janela uma vista Mais uma ilusão Que entra pro catálogo da Terra finita Em um amontoado de memórias Vejo aqueles figurantes Com rostos que me parecem familiares Mas nada disso faz diferença agora No escuro do quarto, sinto o dia lento O café amargo feito de manhã Livre no espaço, preso em pensamento Ainda te sigo com minhas lembranças Sempre a mesma estrada velha, abandonada Espelhos sem imagem me mostram quem fui Espectro do tempo que nunca se enxerga Sob a luz das estrelas mortas ♪ Toda noite os invisíveis se acendem depois que durmo Anestesiam a minha mente E cospem verdades nos meus sonhos Me fazem sentir em casa Seja onde eu estiver Seja onde eu não estiver Assim me mantenho distante Das mesmas repetições de sempre Que ninguém aguenta mais ouvir Obrigado, eu já disse Eu não quero ser salvo de nada O amor é só uma névoa que se queima Com a primeira luz da realidade No escuro do quarto, sinto o dia lento O café amargo feito de manhã Livre no espaço, preso em pensamento Ainda te sigo com minhas lembranças Sempre a mesma estrada velha, abandonada Espelhos sem imagem me mostram quem fui Espectro do tempo que nunca se enxerga Sob a luz das estrelas mortas No escuro do quarto, sinto o dia lento O café amargo feito de manhã Livre no espaço, preso em pensamento Ainda te sigo com minhas lembranças Sempre a mesma estrada velha, abandonada Espelhos sem imagem me mostram quem fui Espectro do tempo que nunca se enxerga Sob a luz