Eu bebo do anis estrelado Nas águas passadas Sabores propícios das ervas amargas Eu bebo do anis estrelado Nas águas passadas Sabores que entorpecem os meus sentidos Me ilumina, me transforma, me liberta, me inspira Artemísia, artemísia, artemísia, artemísia Louvado seja o veneno francês Acabando com a sede que sinto Transborda do cálice esmeralda Ardentes delírios do absinto Desperta do sono a fada adormecida Artemísia, artemísia, artemísia, artemísia Eu vejo no brilho esmeralda das águas passadas O teu rosto sedutor opalescente Eu vejo no brilho esmeralda das águas passadas As malícias do sorriso indecente Me consome, me seduz, me alimenta, me vicia Artemísia, artemísia, artemísia, artemísia Quem me dera a bela ninfa consagrar os meus desejos Os teus lábios de esmeralda, as malícias dos teus beijos A fragrância que me excita Artemísia, artemísia, artemísia, artemísia Reluzentes chamas verdes, aproximam os distantes Desinibe os inibidos, santuário dos amantes Divindade esmeralda, embriaga teus devotos Hedonismo dos boêmios surreal ou metafórico A beleza da ilusão numa amarga fantasia Artemísia, artemísia, artemísia, artemísia Numa amarga fantasia Artemísia, artemísia Absinto, absinto Néctar esmeralda, esmeralda Absinto, absinto Néctar esmeralda, esmeralda...