Amarelo do papel que embrulha a viagem Amarelo, amarelo, amarelo Amarelo como o canário do antigo império Amarelo, amarelo, amarelo Amarelo do cabo da enxada Vivendo no chão já cansado e antigo de cara rachada Do sorriso encardido No rosto de um povo fudido e sofrido com a carapaça cansada Amarelo, amarelo, amarelo Amarelo da Oxun Tempo amarelo Tempo amarelo Tempo amarelo Amarelo que todos os dias Fazem da poeira o calo do tempo em vão Amarelo do fosfato Que aduba a cana de açúcar no chão Que até a cegueira enxerga De longe ou de perto, no claro ou na escuridão Amarelo, amarelo, amarelo Amarelo da Oxun Amarelo Amarelo da guia de Oxun Amarelo, amarelo