Ressurgi, após morto várias vezes Renasci, 'tô no game tipo fênix Inimigo teme, porque quem deve é assim (Se é que 'cê me entende) Indefesso e indefeso no campo de batalha Me vejo em vários espelho quebrados, estilhaços de bala 500 anos de azar pra senzala Eu não vou implorar de joelhos O que é meu por direito não são migalhas Então vê direito porque não tenho nada a perder Já que minha reparação foi negada Desde a vida passada Sou um livro que não chega onde habito Querem guardar na gaveta gelada Ser queima de arquivo em fogueira sagrada Servindo (um ritual de sacrifício) No martírio me infiltro no solo do adversário Jantamos no restaurante mais caro Já não me sinto mais ameaçado, E um vacilo (já era, meu caro) Quem tem um alvo não atira pros lados, Conhece a tumba dos antepassados, Respira os resíduos cármicos que me inspiram E me dá uma brisa antes do disparo! Entrei nas salas que não tinham espelhos, Não tinham negros, fui o primeiro, o exemplo A estratégia, sem pagar comédia, agora represento Vou voltar pro gueto um momento, trocar uma ideia Fazer um movimento, armar uma guerra sem investimento, Derrubar o opressor com o armamento deixado na quebra! 'Tô pra buscar o que é meu Vou até o fim! Eu 'tô pra buscar o que é meu Vou até o fim! Eu tô pra buscar o que é meu Vou até o fim! Eu 'tô pra buscar o que é meu Vou até o fim! Eu 'tô pra buscar o que é meu Vou até o fim! O demônio opressor ajoelhou Enquanto eles não rezam por mim 'Tô pra buscar o que é meu Vou até o fim! O demônio opressor ajoelhou Enquanto eles não... Resisti! Quando quase caí descobri Que isso aqui é cada um por si Oportuno paga simpatia visando lucro Mas não sucumbi, não se cria No púlpito falsa profecia Corrupto não tem poder sobre mim Não tem diplomacia Sem essa de "tâmo junto" Ou fecha ou não fecha (E é isso aí) Em combate, blindado pique urânio O estado não compra minha arte Neo medievo e dinheiro moldando Em grade pintando o quadro da liberdade Filmando o massacre dos manos, Rebelião no cárcere, pólvora, coliseu, O circo sem pão comemora, aplaude Os danos que movem o seus Com sangue nessa engrenagem São planos de Thanos pra extinguir a miséria Eliminando os manos que são parte dela Pra seguir maquiando de Glock a tela Arquivo photoshop de paisagem bela Meninos de cor ameaçam a aquarela De colorir a casa branca de favela Por isso que pintam de guache a cara Pra não misturar tinta se pintar vaga É o quadro perfeito em tons de vermelho Enquanto prega os preto' em paredes das celas Frida Kahlo no porta-malas do carro blindado Pra fazer dinheiro, acelero e observo o retrato Nos prédio' grafitado, e pros museu' fechado A arte que liberta é esculpida no barro Com genocida lapidado a 7 palmos da terra.